Cliff: a etapa estratégica que protege sua empresa em contratos de vesting

Quando falamos em contratos de vesting — bastante comuns em startups e sociedades modernas — o Cliff se destaca como um mecanismo essencial para garantir segurança jurídica e comprometimento de longo prazo entre as partes envolvidas.

Na prática, o Cliff funciona como um período de carência: uma etapa inicial em que o beneficiário ainda não adquire nenhuma participação societária. Esse período tem um papel estratégico de proteger a empresa de saídas prematuras e assegurar que apenas aqueles que realmente contribuem para o crescimento do negócio sejam recompensados com participação societária.

Um exemplo clássico: Vesting de 4 anos com um Cliff de 12 meses — Durante o primeiro ano, o beneficiário não adquire nada. Ao final de 12 meses (o Cliff), ele adquire 25% da participação total prevista no contrato. A partir daí, os 75% restantes vão sendo liberados de forma proporcional ao longo dos três anos seguintes.

Essa lógica é bastante utilizada por empresas que buscam formar times engajados, com visão de futuro, sem abrir mão de mecanismos que reduzam riscos societários. Além de reforçar o comprometimento dos beneficiários, o Cliff protege a empresa de situações em que sócios, colaboradores ou parceiros estratégicos deixam o negócio precocemente, levando consigo uma parte da sociedade sem que tenham efetivamente contribuído com valor agregado.

Implementar um plano de vesting com Cliff é mais do que incluir uma cláusula em contrato. Trata-se de uma decisão estratégica para o fortalecimento da estrutura societária, a prevenção de conflitos e a promoção de uma cultura empresarial baseada em confiança, transparência e compromisso real com o crescimento do negócio.

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